O que tenho visto na quarentena

Artigo de opinião sobre o envolvimento da Igreja com a política partidária

A RES É PÚBLICA, MAS A COSA É NOSTRA - Por Ed René Kvitz

O pastor da Igreja Batista da Água Branca, publicou em sua página no Facebook primeiro em 2012 e em 2014 em meio às eleições daquele ano, repostou o mesmo. Resolvi postá-lo, pois a meu ver, vivemos um momento igual ou ainda mais profundo no que tange a relação entre a igreja e o Estado. Boa Leitura

Prédio da Assembleia de Deus será hospital de campanhas

Unidade ficará responsável por atendimentos clínicos.

Igreja faz leitura completa da Bíblia em live com mais de 72 horas

Objetivo foi incentivar a leitura bíblica e levantar doações para pessoas necessitadas.

Portal Ubuntu Notícias lança vídeo com mensagens de conforto de líderes religiosos

Diante do atual problema da pandemia do Corona Vírus, a blogueira pediu a líderes religiosos de diferentes fés, que gravassem e enviassem uma pequena mensagem de esperança

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O desfile, a Igreja e o Cristo: A polêmica da Mangueira e a contradição da Igreja



Desfile da Mangueira - Foto: Fabio Tito/G1


Graça e Paz, estamos vivendo o feriado do carnaval, feriado esse, no qual tradicionalmente, a Igreja utilizava para realizar retiros, com o intuito de “fugir” da folia e ficar reservadamente buscando a presença de Deus, afinal o carnaval é para os evangélicos, uma festa da carne. Mas o carnaval 2020 tem sido marcado por uma presença massiva dos evangélicos, de formas distintas, enquanto uns usam a “folia” para evangelizar, outros usam as redes sociais para se expressarem acerca dos desfiles das escolas de samba, dessa vez, o alvo tem sido a escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira.

A Mangueira que desfilou no último domingo (23/02), trouxe o tema da tolerância segundo seus partícipes, através da figura de Jesus Cristo, retratando o próprio Cristo como uma mulher negra, um jovem apanhando da polícia e também, crucificado e ressuscitado como um negro. Claro que a reação dos evangélicos, em sua maioria foi de condenação pela forma como Cristo fora retratado. Comentários do tipo: “De Deus não se zomba...”, “Isso foi crime de vilipêndio contra nossa fé!”, “Absurdo!”, foram os mais vistos em sites de notícias gospel e em perfis de evangélicos no Facebook.

Mas o que esses comentários realmente revelam, é um total desconhecimento histórico e da realidade social brasileira. Claramente, o desfile da Mangueira teve como objetivo o protesto ou a crítica social, mas a maioria dos evangélicos ao que me parece, não conseguem diferenciar uma critica social de um claro desrespeito à nossa fé. Como cristão, não me senti ofendido, pelo contrário, compriendi a crítica feita pela escola e me envergonhei não só das reações ao desfile, como também, pelo que tenho visto e ouvido dentro de muitas igrejas. A meu ver, maior desrespeito ao sacríficio da cruz fazem aqueles que usam a fé para enriquecimento próprio através da teologia da prosperidade, pessoas que usam a “fé” em Cristo para subirem degraus rumo ao poder político, que usam igrejas como palanque e as ovelhas de cristo como curral eleitoral. Antes de apontar aqueles que não conhecem o evangelho, temos que tirar a trave do nosso olho primeiro, tomar cuidado com o farisaísmo existente em nosso meio. Devemos lembrar também que Cristo andava com pessoas socialmente e religiosamente excluídas, como publicanos, prostitutas, leprosos, sim Cristo andava com elas e os levava ao arrependimento, a mudar de vida, mas antes disso Ele as incluía sem distinção.


Acerca do desconhecimento histórico, fica claro, uma vez que boa parte das críticas se deram ao mostrar Jesus como negro e ao criticarem Jesus Crucificado como um bandido ferido a balas, sobre isso, temos que desconstruir a imagem que temos de Cristo como branco de olhos claros, isso foi uma construção do catolicismo europeu, Jesus viveu em uma região árida, é mais provável que Jesus fosse negro, do que branco, o que não muda em nada quem Ele é e o que Ele fez por nós.
Ademais, Jesus foi crucificado, a crucificação era utilizada para punir bandidos, era a pior forma de punição utilizada pelos romanos, e por isso, Ele foi crucificado com dois ladrões, Isaías 53: 12 afirma que “...foi contado entre os transgressores...”, compreendo claro que Jesus não foi um bandido, Ele é Santo, a própria bíblia afirma que nEle não foi achada nenhuma transgressão, mas para a sociedade, para os líderes religiosos da época, a mensagem do evangelho e o próprio Jesus foram considerados perigosos, por isso lutaram tanto para que Ele fosse crucificado.

Encerro esse texto, parafraseando um colega de trabalho: O Rio de Janeiro é o Estado brasileiro com o maior número de evangélicos, e mesmo assim, continua reduto do tráfico de drogas, milícia e de políticos corruptos, o traficante é evangélico, o miliciano é evangélico, o político corrupto é evangélico, que evangelho tem sido pregado no Brasil?

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Governo de PE faz convênio com igreja evangélica para criar ‘Centro de Treinamento Bíblico’ em presídio

Corredor do presídio de Igarassu, na Região Metropolitana de Recife
Corredor do presídio de Igarassu, na Região Metropolitana de Recife

O Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Ressocialização (Seres), celebrou um convênio com a Igreja Evangélica Verbo da Vida, para a criação de um “Centro de Treinamento Bíblico” no presídio da cidade de Igarassu, na região metropolitana de Recife.

O ato oficial do Governo do Estado informa que o objetivo do novo Centro de Treinamento é “capacitar homens e mulheres para a propagação eficiente e contínua do evangelho pregado e estabelecido por Jesus Cristo”.

O acordo entre o Governo do Estado e a Igreja evangélica valerá até 2023, tendo prazo de 36 meses.

A assinatura, por parte do Governo do Estado, coube ao próprio secretário estadual de Ressocialização. Com a palavra, as instituições citadas, caso entendam necessário.

Nota da Seres

“A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informa que todos os credos que tenham por objetivo fortalecer o processo de ressocialização são bem-vindos às unidades prisionais de Pernambuco.

A legalidade da implantação de espaços religiosos nas UPs está prevista no artigo 24 da Lei de Execução Penal 7210/1984, cujo texto esclarece: “A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos”.

Fonte: Folha Gospel

 

Templo cananeu é descoberto em cidade bíblica destruída por Josué

                        

A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou na segunda-feira (17) a descoberta de um templo cananeu e muitos artefatos em Laquis. Datados do século XII a.C, o local pode indicar a cidade que foi destruída pelos israelitas, liderados por Josué, após os 40 anos de deserto.
A equipe foi coordenada pelo professor Yosef Garfinkel, do Instituto de Arqueologia da universidade, e pelo professor Michael Hasel, da Universidade Adventista do Sul, no Tennessee e a descoberta foi apresentada ao The Journal of Council for British Research in the Levant, segundo o The Jerusalem Post.
Em Josué 10:31 e 32, onde lemos: “Então Josué, e todo o Israel com ele, passou de Libna a Laquis; e a sitiou, e pelejou contra ela; E o Senhor deu a Laquis nas mãos de Israel, e tomou-a no dia seguinte e a feriu a fio de espada, a ela e a todos os que nela estavam, conforme a tudo o que fizera a Libna”.
Entre as descobertas cruciais, havia um fragmento de cerâmica com a letra hebraica samekh, que representa a gravura mais antiga conhecida da carta, artefatos de ouro e estatuetas de culto, incluindo estatuetas representando o deus guerreiro Ba’al, mencionado dezenas de vezes na Bíblia – incluindo vários casos em que os israelitas se voltam para o seu culto, apesar dos mandamentos de Deus.
O local onde era a cidade de Laquis foi identificado pela primeira vez em 1929 por William Foxwell Albright, considerado o pai fundador da arqueologia bíblica, como explicou o professor Garfinkel.
“A cidade era um grande centro cananeu, como sabemos de fontes históricas”, disse ele. “Não há outro sítio nesta região tão proeminente. É o local certo, o lugar certo, e o nome ‘Laquis’ foi encontrado em algumas inscrições lá”, completou ele que escava a região desde 2013.
“Descobrimos o templo e dedicamos três ou quatro anos a ele, porque é muito raro encontrar locais cananeus em Israel”, disse Garfinkel. “Esse tipo de estrutura só foi descoberto em Megiddo, Nablus e Hazor. Mas é a primeira vez que revelamos um templo simétrico tão grande e monumental”, afirmou.
O layout em forma de quadrado do edifício apresentava um composto na frente, marcado por duas colunas e duas torres que levavam a uma grande sala, bem como um santuário interno com quatro colunas de apoio e várias “pedras em pé” que poderiam representar os diferentes deuses adorados. Além disso, apresentava numerosas salas laterais.

Fonte: Gospel Prime

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