quarta-feira, 3 de abril de 2019

Selos descobertos em Israel remetem a relato bíblico

Inscrição está ligada a personagem mencionado em 2 Reis



Um selo de 2.600 anos com a inscrição “(pertence) a Natã-Meleque, Servo do Rei” foi descoberto no sítio arqueológico “cidade de Davi”, em Jerusalém.
Revelado ao público neste domingo (31) pelo Dr. Anat Mendel-Geberovich, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e pelo Centro para o Estudo da Jerusalém Antiga, trata-se de uma pequena peça de argila usada para assinar documentos nos tempos bíblicos.
“Embora não seja possível determinar com absoluta certeza que o Natã-Meleque mencionado na Bíblia era de fato o dono do selo, é impossível ignorar alguns dos detalhes que os ligam”, ressaltou Mendel-Geberovich em um comunicado.
Entre os aspectos distintivos estão o fato de ser um nome raro e que a datação remete ao mesmo período em que Natã-Meleque é citado, em 2 Reis 23:11, onde é descrito como um oficial na corte do rei Josias.
O selo ou “bula”, juntamente com outros artefatos, foi descoberta em um edifício público que foi destruído na mesma época que o Templo de Salomão. O achado arqueológico é bastante significativo, explica o Dr. Yiftah Shalev, da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Doron Spielman, vice-presidente da Fundação Cidade de David, comemora: “Esta é uma descoberta extremamente interessante pessoas em todo o mundo. O selo pessoal de Natã-Meleque, um oficial graduado do governo de Josias, rei de Judá, conforme descrito no segundo livro dos Reis”.
Um segundo artefato foi localizado durante a escavação. Trata-se de selo feito de ágata azulada, com a inscrição “[pertence] a Ikar, filho de Matanyahu”.
“A descoberta desses dois artefatos em um contexto arqueológico claro que pode ser datado é muito emocionante”, disse o professor Yuval Gadot. Não são as primeiras bulas com nomes escritos em hebraicos antigos desenterradas na cidade de Davi, cujo nome remete ao local do antigo palácio do rei bíblico.
“Esses artefatos atestam o sistema de administração altamente desenvolvido no Reino de Judá e trazem informações importantes sobre a compreensão do status econômico de Jerusalém e seu sistema administrativo durante o período do Primeiro Templo”, destacou a nota assinada pelos dois arqueólogos.
Eles acrescentaram que a descoberta ajuda a fornecer uma visão mais clara sobre “a estrutura de Jerusalém durante este período e o tamanho de sua área administrativa. A destruição deste edifício pelo fogo, aparentemente durante a conquista babilônica da cidade em 586 a.C., fortalece nossa compreensão da intensidade da destruição na cidade.”
Fonte: Gospel Prime

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