O que tenho visto na quarentena

Artigo de opinião sobre o envolvimento da Igreja com a política partidária

A RES É PÚBLICA, MAS A COSA É NOSTRA - Por Ed René Kvitz

O pastor da Igreja Batista da Água Branca, publicou em sua página no Facebook primeiro em 2012 e em 2014 em meio às eleições daquele ano, repostou o mesmo. Resolvi postá-lo, pois a meu ver, vivemos um momento igual ou ainda mais profundo no que tange a relação entre a igreja e o Estado. Boa Leitura

Prédio da Assembleia de Deus será hospital de campanhas

Unidade ficará responsável por atendimentos clínicos.

Igreja faz leitura completa da Bíblia em live com mais de 72 horas

Objetivo foi incentivar a leitura bíblica e levantar doações para pessoas necessitadas.

Portal Ubuntu Notícias lança vídeo com mensagens de conforto de líderes religiosos

Diante do atual problema da pandemia do Corona Vírus, a blogueira pediu a líderes religiosos de diferentes fés, que gravassem e enviassem uma pequena mensagem de esperança

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um pouco de História faz bem!!! Parte 8


Graça e Paz, continuando nosso estudo sobre a História das Igrejas Evangélicas, falaremos hoje sobre a Igreja de Cunho pentecostal, Igreja de Cristo no Brasil, que seja para a edificação de todos!!!




                            Igreja de Cristo no Brasil




Igreja de Cristo no Brasil conhecida também somente como Igreja de Cristo teve início no Nordeste, na cidade de Mossoró (Rio Grande do Norte). Organizada em 13 de dezembro de 1932 por membros oriundos da Assembleia de Deus naquela mesma localidade, os quais entregaram suas credenciais de ministros àquela Igreja, por discordarem de determinados pontos doutrinários.


História




A denominação surge de uma divergência entre os dois missionários da Assembléia de Deus no Nordeste (Samuel Nysrtron e Gunnar Vingren) com respeito a salvação pela graça por meio da fé, sem o necessidade de méritos próprios (ou seja: sobre se é necessário fazer algo a mais do que acreditar em Jesus Cristo para ser salvo), e a segurança eterna do crente genuíno. A divergência foi evidenciada em algumas publicações, a qual se tornou tema de convenções.

Com essas publicações contraditórias um grupo de religiosos elegeu o Pr. Manoel Higino de Souza, para fazer uma carta ao missionário Nils Kastberg, pedindo para marcar uma convenção onde ele achasse melhor, a fim de que estudassem esses pontos doutrinários.
Enviaram, então, uma carta solicitando a convenção. Entre 20 de maio um grupo de dissidentes passou a se reunir em Mossoró para estudos bíblicos, oração e outras práticas, esperando uma resposta divina. Somente em 13 de dezembro de 1932 receberam uma carta, assinada pelo missionário Nils Kastberg, negando a realização da convenção. Na carta o sacerdote dizia “estar de acordo com os ensinos da salvação condicional, e quem estivesse aborrecido que saíssem para onde quisessem...”.
Diante do impasse, diversos pastores, presbíteros e evangelistas resolveram entregar suas credenciais de ministros e fundaram, no mesmo dia, a nova instituição. Inicialmente a denominação surge com o nome de Assembléia de Cristo e em 1934 passou ao nome definitivo de Igreja de Cristo. Para que os membros não confundissem Igreja e Templo os líderes da igreja decidiram usar o nome de Casa de Oração da Igreja de Cristo na frente dos templos.

O Desenvolvimento


1932-1960


Período de expansão missionária. Abriram-se trabalhos em Apodi, Itáu, Caraúbas, entre outros.
Década 1970
As unidades eclesiásticas do Ceará e do Rio Grande do Norte, tiveram relatos de milagres por parte dos fiéis, surgindo nesta época vários trabalhos e novos obreiros. Nesta época foi a criado o Seminário da Igreja de Cristo na cidade de Fortaleza, que contribuiu com a formação de diversos sacerdotes.

Década de 1990


A igreja passa por uma reformulação organizacional com vistas a impulsionar a expansão da denominação..

Pontos doutrinários


A Igreja de Cristo possui alguns ensinos característicos que, embora possam ser compartilhados por algumas outras igrejas cristãs, são considerados por seus membros como diferenciais doutrinários no meio pentecostal.
  • Enquanto surgiam pelo Brasil diversas denominações pentecostais que defendiam a perseverança como condição para a salvação, a Igreja de Cristo foi o único grupo pentencostal que apontava para a obra eterna de Deus pela salvação e segurança do crente em Jesus. Afirma que se Deus é eterno e sua obra também é, logo a salvação não pode jamais ser perdida (cf. Jo 10:28).
  • O “Batismo com o Espírito Santo” era a regra geral entre todos os pentecostais que o batismo se dava como uma segunda bênção para o crente que falasse em línguas. A Igreja de Cristo, no entanto, foi o primeiro e único na época a defender que o crente recebe o batismo do Espírito Santo no momento da conversão (cf. Gl 3:5; Lc 24:49).
  • A Igreja de Cristo teve acesso as mais diversas denominações, desde as chamadas tradicionais até as pentecostais. A Igreja de Cristo sempre desenvolveu o espírito de unidade do corpo de Cristo, nos mais diversos segmentos do protestantismo.
  • A Igreja de Cristo também se destaca pelo fato de se ter iniciado no Nordeste brasileiro. Foi o primeiro grupo cristão que começou no Nordeste e se espalhou pelo Brasil.
  • Líderes iniciais

Pastores
  • Manoel Higino de Souza
  • João Vicente de Queiroz
  • Gumercindo Medeiros
  • Eustáquio Lopes da Silva
Presbíteros
  • Cândido Barreto
  • Tomaz Benvindo
Evangelistas
  • João Morais
  • Domingos Barreto
  • Francisco Alves
João Vicente de Queiroz, que liderou a Igreja de Cristo em Fortaleza de 1946 a 1997, foi o último fundador da denominação a falecer e morreu no dia 17 de agosto de 1997, com mais de 90 anos.

Organização

A Igreja de Cristo no Brasil é governada pelo Conselho Nacional composto de todos os pastores presbíteros, evangelistas, diáconos, missionários, dirigentes, igrejas locais e congregações. Por sua vez os oficias das igrejas e congregações estão organizados em Conselhos Regionais que possuem autonomia administrativa. Possui ainda a SENAMIC (Secretaria Nacional de Missões), órgão responsável, junto ao Conselho Nacional, pela obra missionária no Brasil e no exterior. Cada igreja local possui seu Conselho ou Liderança e Diretoria que é responsável pela administração da mesma.

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Um pouco de História faz bem!!! Parte 7

Graça e Paz a todos, dando continuidade à história das Igrejas evangélicas, hoje trago a história da 2ª Igreja Pentecostal do Brasil, a Assembléia de Deus. Que seja para a edificação de todos!!




 Assembleia de Deus



História

A Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam na Suécia. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914 em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.




Organização denominacional

As Assembleias de Deus brasileiras estão organizadas em forma de árvore, na qual cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, por meio do qual os assuntos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados às assembleias para serem referendados apenas. Os pastores das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes.

Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil

A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro,RJ esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB em 2000 contava com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.
A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também é proprietária da Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito. E no selo Fonográfico a CGADB é proprietária da Patmos Music gravadora que tem sede e estúdios também no Rio de Janeiro RJ, que tem em seu casting de artistas, dezenas de cantores(as).
A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belenzinho na capital paulista, sendo atualmente (2008) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que sucedeu o pastor Cícero Canuto de Lima, que também presidiu a CGADB.
Na área política, alguns deputados federais são membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB. No Pleito Eleitoral de 2010, 22 deputados Federais assembleianos foram eleitos para a 54ª Legislatura (2011-2015).
Desde a década de 1980, por razões administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira

À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje Bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas administrativas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas foram excluídos pela Diretoria da CGADB. Desta forma tornou-se completamente independente da CGADB a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (CONAMAD), que tem no campo do Brás, na capital paulista, a sua maior expressividade, que, por anos, foi presidido pelo pastor Lupércio Vergniano e hoje está sob as ordens do Pr.Samuel Cássio Ferreira, bacharel em Direito. Possuía em 2005 cerca de 2 milhões de membros no Brasil e exterior.
 

Doutrina


De acordo com o credo das Assembleias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:
  • Num só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo;
  • Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;
  • Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal e ascensão para o céu;
  • No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
  • Arrebatamento de todos os fiéis a Deus e a Bíblia Sagrada para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.
  • Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;
A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em pessoas a partir de 12 anos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo, geralmente, com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido de outros dons do Espírito Santo. A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.
Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis.
Os assembleianos, em regra, são contra o aborto voluntário.



Liturgia

Os cultos das Assembleias de Deus se caracterizam por orações, cânticos, testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como, por exemplo, profecias e línguas espirituais.
Possui dias e horários específicos para cultos, sendo o principal deles no domingo por volta das 19/21 horas, e o de ensinamento bíblico (a Escola Bíblica Dominical, com divisão de classes por idade) por volta das 9 horas.
Os cultos têm duração média de 2 horas, sendo divididos em:
  • Oração inicial - Normalmente o pastor ou outro obreiro faz uma oração a Deus.
  • Cânticos iniciais - Utilizando-se a Harpa Cristã (um livreto de Hinos Evangélicos Clássicos), canta-se geralmente 1 ou 2 hinos.
  • Leitura bíblica (ou palavra introdutória) - Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo, no qual o culto será direcionado como um todo com fulcro nesse trecho.
  • Oportunidades de cânticos por grupos de jovens, crianças, senhoras, adolescentes, corais, grupos, bandas e ministérios de louvor.
  • Oportunidades de testemunhos por membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo, atualmente, por eles.
  • Pregação - A o momento mais aguardado do culto em si. Pois é o momento em que o pastor da igreja, ou um obreiro, até mesmo pastores convidados explicam a palavra do Senhor.
  • Apelo - Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como único e suficiente Salvador.
  • Cântico de encerramento e/ou avisos sobre as próximas reuniões.
  • Oração final.
  • Bênção apostólica (somente dado pelo pastor, presbítero ou evangelista).

Novos conceitos a respeito de usos e costumes

 

A Assembléia de Deus vêm experimentando, recentemente, grandes mudanças comportamentais concernente a usos e costumes. A Assembleia de Deus, há algum tempo, tinha o hábito de inserir como doutrina os usos e costumes, por meio dos quais restringia mais a liberdade das mulheres em questões de vestimenta, cabelo e maquiagem. A igreja dizia que o uso de determinadas roupas e cortes de cabelos, por exemplo, era vaidade. No entanto, com o passar dos anos, percebeu-se que a adoção ou não de determinadas regras por parte das igrejas locais tratava-se mais de uma questão de costume do que de doutrina, pois não feria os fundamentos da fé cristã.
Pouco a pouco a Assembleia de Deus está aceitando o uso de determinadas peças do vestuário feminino, consentindo que as mulheres usem calças compridas, decotes um pouco alongados ou mangas um pouco mais curtas, permitindo ainda o uso de joias, tais como brincos, cordões, maquiagens e coloração dos cabelos, desde que mantido um razoável padrão de pudor. Praia, cinema e teatro já não são proibidos, desde meados dos anos 1990.
Quanto aos homens, diminuem as restrições ao uso de barba ou cabelos mais alongados, cordões e brincos, bem como bermudas e lazer, substituindo-se o rigor da proibição pela recomendação de uma boa imagem pessoal ante a sociedade, nos padrões exigidos por algumas organizações corporativas.
Algumas igrejas já liberam o uso de tatuagens, e piercings.
De igual modo, tendem a desaparecer do cenário assembleiano as folclóricas proibições ao uso da televisão ], que já foram liberados desde 1990 , enquanto algumas igrejas passam a orientar seus adeptos a lerem bons livros e fazerem uso adequado da internet, numa clara demonstração de que as posições radicais do passado estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da sociedade contemporânea.

Fonte: Wikipédia e CPAD



 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um Pouco de História faz bem!!! Parte 6

Graça e Paz a todos, dando continuidade à história das Igrejas evangélicas, hoje entraremos no grupo do Pentecostalismo, grupo ao qual pertencem as Igrejas Congregação Cristã no Brasil, Assembléia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular dentre outras. Hoje iniciaremos o pentecostalismo com a Congregação Cristã no Brasil, bom estudo!!


 

 

Congregação Cristã no Brasil


A Congregação Cristã no Brasil figura como a primeira igreja cristã a instalar-se em território brasileiro sob a designação "pentecostal". De origem ítalo-americana, sua introdução é historicamente atribuída a Louis Francescon.

Antecedentes e origem

 

Em fins do século XIX, segundo relato de próprio punho, o ítalo-americano Louis Francescon é advertido por via de uma revelação quanto ao batismo em sua acepção imercionista, vindo a submeter-se ao mesmo. A convicção relativa ao ato e sua ministração conduziu Francescon - e alguns aderentes - à ruptura para com sua anterior filiação presbiteriano-valdense.
Em 1907 na cidade de Chicago, na 943 West North Avenue (semelhante à Rua Azuza em Los Angeles, Califórnia), havia uma missão que anunciava a promessa do Espírito Santo com evidência de se falar novas línguas. Francescon visitou aquele serviço a convite e teria recebido, conforme suas palavras, uma confirmação divina de que aquela obra era de Deus. Prontamente o grupo que o acompanhava uniu-se aquela missão pentecostal, a maioria recebendo o dom de falar línguas diferentes. Estavam reunidas as doutrinas dos batismos da água e do Espírito.
Vindo para o Brasil em 20 de abril de 1910, Francescon realizou o primeiro batismo em Santo Antônio da Platina, Paraná, batizando o italiano Felício Mascaro e mais dez pessoas. Depois dirigiu-se para a cidade de São Paulo, onde foram batizadas mais vinte pessoas. Durante alguns anos, os fiéis reuniram-se sem denominação e após adquirirem o primeiro prédio, na cidade de São Paulo, foi escolhido o nome Congregação Cristã do Brasil. Alterado nos anos 1960 por questões internas substituiu-se a contração "do" pela contração "no".
Possuiu maioria italiana até a década de 1930, quando então passaram a preponderar as demais etnias; desde 1950 está presente em todo território brasileiro e em diversos países. Em 2010, contabilizou 2,3 milhões de membros declarados no Brasil.
Sua igreja central é estabelecida em São Paulo, no bairro do Brás, onde o Ministério reúne-se anualmente em Assembléia Geral quando são estabelecidas convenções e ensinamentos.


Doutrina

 

No ano de 1927, na cidade de Niagara Falls, NY, houve uma convenção da Igreja Cristã da América do Norte quando foram definidos 12 Artigos de Fé e doutrina seguidos pela Congregação:
1. Nós cremos na inteira Bíblia Sagrada e aceitamo-la como contendo a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d'Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.
2. Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno e de infinito poder, criador de todas as coisas, em cuja unidade há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
3. Nós cremos que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Palavra feita carne, havendo assumido uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana; por isso é chamado verdadeiro Deus e verdadeiro homem e é o único Salvador, pois sofreu a morte pela culpa de todos os homens.
4. Nós cremos na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos, que, junto a ele, serão punidos no fogo eterno.
5. Nós cremos que o novo nascimento e a regeneração só se recebem pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção.
6. Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo e em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
7. Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o Espírito Santo concede que se fale.
8. Nós cremos na Santa Ceia. Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: "Isso é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós".
9. Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembléia de Jerusalém.
10. Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre si as nossas enfermidades. "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados".
11. Nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar nos ares e assim estaremos sempre com o Senhor.
12. Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.



Práticas

Culto

O culto da Congregação Cristã no Brasil segue uma ordem pré-estabelecida mas sem uma liturgia fixa. Os pedidos de hinos, orações, testemunhos e a pregação da Bíblia são feitos de forma espontânea e baseados na revelação do Espírito Santo. Os serviços são solenes com uma atmosfera formal. Preza-se a participação coletiva em detrimento de manifestações individualizantes.
Há uma série de práticas no culto como o uso do véu pelas mulheres. A saudação do ósculo santo é realizada entre irmãos e irmãs de per si. O assento é separado nas igrejas entre homens e mulheres. As orações são feitas de joelhos podendo haver até três orações no início do serviço e apenas uma de agradecimento no final. Também são permitidas mais de uma pregação no mesmo culto, todavia, por tradição, costuma-se ter uma única pregação como suficiente, evitando-se, assim, que uma pregação se sobreponha à outra.
O padrão de realização do culto é igual em quaisquer de seus templos. Desta forma, um membro participa em qualquer templo ou comunidade com as mesmas atribuições que possui na congregação onde comumente se reúne, a qual o participante chama de comum (congregação).

Organização

As atividades da Congregação Cristã no Brasil são conduzidas por um ministério organizado que as exerce sem expectativas de receber salários, distribuído segundo as necessidades de cada localidade, constituído por ancião, cooperador do ofício ministerial, diácono e encarregado de orquestra. Somente os anciãos e diáconos são ministros ordenados.
  • Ancião - responsável pelo atendimento da Obra, realização de batismos, santas ceias, ordenação de novos obreiros (anciães e diáconos), apresentação de Cooperadores do Ofício Ministerial, Encarregados de Orquestras e Cooperadores de Jovens e Menores, atendimento das Reuniões para Mocidade, encarregado de conferir ensinamentos à igreja, cuidar dos interesses espirituais e do bem-estar da igreja, entre outras funções.
  • Diácono - responsável pelo atendimento assistencial e material à igreja. É auxiliado por irmãs obreiras chamadas de "Irmãs da Obra da Piedade".
  • Cooperador do Ofício Ministerial - responsável pela cooperação nos ensinamentos e presidência dos cultos oficiais bem como pelas Reuniões de Jovens e Menores caso não haja um Cooperador de Jovens e Menores em sua localidade.
  • Encarregado de Orquestra (Locais e Regionais) - É o maestro da Orquestra, designado para manter o bom andamento musical nos cultos, coordenar o ensino musical aos interessados e presidir os ensaios musicais (locais e regionais, respectivamente).
  • Cooperador de Jovens e Menores - responsável por atender as Reuniões de Jovens e Menores de sua comum congregação.
  • Músico - membro habilitado a tocar nos cultos e demais serviços. O sistema de ensino musical da Congregação é gratuito e considerado equivalente ao segundo ano de conservatório. Qualquer pessoa, batizada ou não segundo a doutrina da Congregação, pode ingressar nas chamadas escolinhas, cursos, em geral semanais, que visam habilitar o aluno a praticar o instrumento desejado. Para ingressar na orquestra, no entanto é necessário ser batizado e estar em um grau avançado de habilidade no instrumento escolhido. Todo templo da Congregação possui um órgão no qual tocam somente irmãs. O sistema de ensino musical é o mesmo em todos os estados do Brasil e dos outros países.
  • Examinadoras são organistas mulheres, oficializadas, designadas para avaliar outras organistas aprendizes no processo de oficialização.
  • Auxiliar de Jovens e Menores - são jovens, homens ou mulheres solteiros, designados para preparar e organizar os recitativos, passagens bíblicas por eles escolhidas que são recitadas individualmente ou em grupo em determinado momento do culto. Cuidam, ainda, da ordem e da organização durante a reunião.
  • Administração - Constituída por Presidente, Tesoureiro, Secretário, Auxiliares da Administração, Conselho Fiscal e Conselho Fiscal Suplente. Os administradores são eleitos pelos anciãos a cada três anos e o Conselho Fiscal anualmente, e confirmados durante a Assembléia Geral Ordinária. É permitida a recondução ao cargo. Ainda que o estatuto não proíba, não há mulheres ocupando cargos administrativos estatutários.
Para construções de templos, utilizam-se, na maioria dos casos, de voluntariado mobilizado em esquema de mutirão. Para outros serviços das igrejas como portaria, limpeza, som, fundo bíblico sem fins lucrativos, etc. também são escolhidos dentre os membros, voluntários que não possuem expectativa de receber salário.
A Congregação Cristã no Brasil não possui registro de membros valorando o vínculo espiritual do fiel com Deus. Não prega o dízimo e mantém-se pelo espírito voluntário dos seus membros que contribuem com coletas anônimas e voluntárias..
As mudanças de caráter doutrinário na Congregação Cristã no Brasil são discutidas em assembléia anual e pelo Conselho de Anciãos, que é formado pelos anciãos mais antigos no ministério, não necessariamente de idade. Nestas assembléias são considerados "Tópicos de Ensinamentos", os quais, tomados em reuniões e por oração, tratam de assuntos relacionados à doutrina, costumes e comportamento na atualidade.
A organização eclesiástica da Congregação Cristã no Brasil é uma forma adaptada do governo presbiteriano: um grupo de igrejas locais são reunidas em uma "região administrativa", normalmente correspondente a um município nos estados onde a igreja é maior e vários municípios onde a Congregação é menor, presidida por um conselho de anciãos e um corpo administrativo. As regiões administrativas são agrupadas em "regionais", que por sua vez se concentram nas "assembléias estaduais". O organismo máximo é a "Assembléia Geral" que ocorre na congregação do Brás anualmente sempre no mês de abril.

A Orquestra

A Congregação Cristã no Brasil valoriza sua música sacra para fins de culto. Ela provê aos fiéis escolas musicais gratuitas e ensaios musicais em suas dependências.
Atualmente, são permitidos em sua orquestra os seguintes instrumentos:
Violino, Viola, Violoncelo, Flauta transversal, Oboé, Corne inglês, Fagote, Contra Fagote, Clarinete, Clarone, Saxofone sopranino, soprano curvo, Saxofone soprano, Saxofone alto, Saxofone tenor, Saxofone barítono, Saxofone baixo, Trompete, Pocket, Cornet, Trompa, Trombonito, Trombone, Saxhorn, Bombardino, Bombardão, Eufônio, Tuba, Flugelhorn e Órgão.
O hinário da Congregação Cristã no Brasil é intitulado de "Hinos de Louvores e Súplicas a Deus". Possui melodias de autores norte-americanos, britânicos, russos e italianos tais como: Bentley DeForest Ackley, James Milton Black, João Dieners, Leila Naylor Morris, Peter Philip Bilhorn, Samuel Sebastian Wesley, Silas Jones Vail, William Savage Pitts . São 480 hinos e entre eles há especiais para batismos, santas ceias, funerais, 50 para as "Reuniões de Jovens e Menores" e seis coros.
O livro originariamente chamava-se Nuovo Libro di Inni e Salmi Spirituali, posteriormente Nuovo Libro di Inni e Salmi Spirituali e Novo Livro de Hymnos e Psalmos Espirituais.
Os hinários com notação musical seguem o modelo europeu, contendo as claves de Sol, Dó (somente para Violas) e de Fá, e estão escritos para instrumentos em Dó, Mi bemol e Si bemol.
A Congregação Cristã não produz gravações de seus hinos, nem mesmo as autoriza.

Política

A Congregação Cristã no Brasil é uma organização religiosa apolítica que prega a total separação entre Estado e religião.
Não mantém ligação nem se manifesta de forma alguma em relação a causas ou partidos políticos, candidatos a cargos públicos, ou qualquer outra instituição ou organização, governamental ou não.
Se algum membro de seu corpo ministerial assumir cargos políticos, deverá renunciar ao seu cargo congregacional. Seus membros são doutrinados a não votar em candidatos que neguem a existência de Deus e a Sua moral.

Mídia

A Congregação Cristã no Brasil não utiliza meios de comunicação como rádio, televisão, imprensa escrita, ou qualquer outro tipo de propagação da sua doutrina que não seja o frequentar quaisquer de suas igrejas pelos interessados em conhecê-la. Aliás ela não permite estas práticas midiáticas e não autoriza que nenhum dos seus trabalhos, sejam eles em cultos ou não, sejam gravados e reproduzidos.

Fonte: Wikipédia

 



 


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Piquenique do Ministério Nissí



          Graça e Paz a todos, na ultima terça-feira dia 12/02, realizamos um piquenique, nossa proposta era de reunir os irmãos e louvarmos ao Senhor, de uma forma diferentre da qual estamos acostumados a fazer, para tal, resolvemos fazer um piquenique, aproveitamos o feriado de carnaval para realizarmos tal ação. O resultado: foi uma benção, louvamos muito, nos divertimos e claro comemos um bocado!
Venha conhecer o Ministério Nissí, nos reunimos toda terça, a partir das 19:00hs no calçadão da Praça manoel Pinheiro de Almeida - Centro - Altaneira- Ceará.
Abaixo fotos do piquenique:























































sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um pouco de história faz bem!!! Parte 5

 Graça e Paz a todos, hoje veremos a história da Igreja Anglicana, que seja para a edificação de todos!!



Igreja Anglicana

"A Igreja da Inglaterra (em inglês: Church of England), também denominada Igreja Anglicana ou Anglicanismo é a Igreja e a denominação cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra, a matriz principal da atual Comunhão Anglicana ligada à Sé de Canterbury, Inglaterra, bem como é membro-fundador da Comunhão de Porvoo. Fora da Inglaterra, a Igreja Anglicana é geralmente denominada de Igreja Episcopal, principalmente nos Estados Unidos da América e países da América Latina.

A Igreja da Inglaterra compreende-se como católica e reformada:
  • Católica, na medida em que se define como uma parte da Igreja Católica de Jesus Cristo, em perfeita e válida continuidade com a Igreja apostólica.
  • Reformada, na medida em que ela foi moldada por alguns dos princípios doutrinários e institucionais da Reforma Protestante do século XVI, nos princípios presbiterianos (ou calvinistas). O seu caráter mais Reformado encontra-se na expressão dos Trinta e Nove Artigos de Religião, elaborado em 1563 como parte do estabelecimento da via média de religião sob a rainha Elizabeth I da Inglaterra. Os costumes e a liturgia da Igreja da Inglaterra, expresso no Livro de Oração Comum (em inglês, The Book of Common Prayer - BCP), são baseados em tradições da pré-Reforma, com influência dos princípios da Reforma litúrgica e doutrinária de inspiração protestante.
    Porém, compreende-se também como Protestante, na medida em que não está subordinada ao Vaticano nem ao papa..

Origem do cristianismo na Grã-Bretanha

Não se sabe exatamente quando o cristianismo se estabeleceu nas Ilhas Britânicas, mas é certo que já existia antes do século III, possivelmente a partir de missionários fugidos das perseguições às quais os primeiros cristãos estavam sujeitos. Os primeiros registros da presença cristã naquela região foram feitos pelo historiador e escritor Tertuliano, no ano de 208 d.C. Mais tarde, no Concílio de Arles, realizado em 314 d.C. na França, compareceram três bispos de uma Igreja que existia na Inglaterra sem o conhecimento da Igreja Romana.
A primeira Igreja Cristã organizada nas Ilhas Britânicas é a Igreja Celta. O povo Celta já habitava esta região antes mesmo da invasão anglo-saxônica. Esta Igreja, resistindo ao paganismo destes invasores, conseguiu manter uma Igreja Cristã independente, com organização monástica e tribal, sem nenhuma relação com a Igreja de Roma ou qualquer outra, embora mostrasse alguns hábitos e costumes orientais.
No ano de 595 d.C., o Papa Gregório I, também conhecido como Gregório Magno, mandou um grupo de monges beneditinos, chefiado pelo monge Agostinho, prior do Convento de Santo André, na Sicília, para converter a Inglaterra ao Catolicismo. Agostinho foi o primeiro arcebispo de Cantuária (em ingles, Canterbury), que é a Sé Primaz de referência para a atual Comunhão Anglicana, e passou a ser conhecido como Agostinho de Cantuária. Com o tempo, boa parte dos costumes da Igreja celta cedeu à forma latina do cristianismo implantada por Agostinho nas terras inglesas.
Em 1534, a Igreja da Inglaterra se separou em definitivo da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, da Casa de Tudor. A princípio havia se mostrado um leal defensor do catolicismo, que fez queimar publicamente os escritos de Lutero. Mas por conta do conflito havido com o Papa Clemente VII, relacionado com o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, para se casar com Ana Bolena e ter descendentes homens, resolveu romper com Roma. A cisão se deu através do Ato de Supremacia, confiscando todas as propriedades que a Igreja Católica possuía na Inglaterra.
Após a morte de Henrique VIII, a Inglaterra se separou momentaneamente do cisma. Henrique VIII deixou um herdeiro homem, Edward VI, que era protestante. Este teve um reinado curto pela sua morte precoce com apenas 15 anos. Seguindo a linha de sucessão, sua irmã Maria I, filha do primeiro casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, assume o reinado após a morte de Edward VI. Católica fervorosa, ratificou o Ato de reconciliação da Inglaterra com Roma. Mas o seu reinado foi curto.
A emancipação da Igreja da Inglaterra da autoridade papal, através da iniciativa do rei Henrique VIII, não transformou a Inglaterra num país verdadeiramente protestante, pois a Igreja permaneceu católica quanto à doutrina. Somente no reinado de sua filha, Elisabeth I, a Igreja se firmara no caminho da via média entre catolicismo e protestantismo, característica que mantém até a presente época. Assim, não se pode, historicamente, atribuir a Henrique VIII o título de fundador da Igreja Anglicana.


Anglicanos independentes

Na segunda metade do século 20, por divergências teológicas e pastorais no seio do Anglicanismo, surgiram várias denominações anglicanas independentes, ou continuantes, principalmente na América do Norte, Austrália e em vários países em desenvolvimento. Concomitante a este fenômeno, houve em sentido contrário o aparecimento de movimentos de convergência, nos quais protestantes ou católicos (ex: Velha Igreja Católica) aproximaram-se do Anglicanismo e do Catolicismo e buscaram estabelecer igrejas com doutrinas e práticas anglicanas. Exemplos disso são a Igreja Católica Apostólica Carismática da International Communion of the Charismatic Episcopal Church e a Comunhão Internacional das Igrejas Episcopais Evangélicas.


Anglicanismo no Brasil

O anglicanismo é o mais antigo grupo denominacional protestante em contínua operação no Brasil.
O anglicanismo no Brasil atualmente é multifacetado, complexo e não monolítico. Esse sistema não significa um corpo de doutrina fixo, exceto a aceitação da doutrina contida nos formulários anglicanos. O Anglicanismo é mais uma lealdade aos seus princípios do que uma posição doutrinal
A presença do anglicanismo no Brasil teve início após a vinda da corte portuguesa ao Rio de Janeiro. Com o Tratado de Comércio e Navegação de 1810 entre Portugal e Inglaterra, permitiu-se a construção de igrejas de denominações protestantes, desde que os templos tivessem a aparência de uma residência comum, sem torres ou sinos, e não buscassem a conversão de cristãos católicos brasileiros.
Desta forma, o primeiro templo construído por protestantes no Brasil foi da Igreja Anglicana, considerado também o primeiro na América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro. Antes da liberdade de culto aprovada pelo poder régio, os anglicanos residentes no Brasil reuniam-se em residências e navios ingleses para realizarem seus cultos. As primeiras capelanias ficaram subordinadas diretamente à Igreja da Inglaterra, e atendiam somente súditos ingleses. Foram construídas capelas em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belém e Recife.

Aproximadamente na década de 1860 houve a tentativa de se implantar a igreja anglicana voltada para o povo brasileiro. Para isso o missionário estadunidense Rev. Richard Holden tentou abrir a primeira missão em Belém do Pará, e depois em Salvador da Bahia, mas essas iniciativas foram mal-sucedidas.

Em 1890 missionários estadunidenses, egressos do Seminário da Virgínia, chegaram ao Rio Grande do Sul, onde estabeleceram as primeiras comunidades brasileiras, subordinadas à Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos da América (em inglês, The Protestant Episcopal Church of United States of America - PECUSA). Em 1º de junho de 1890, James Watson Morris e Lucien Lee Kinsolving realizaram, na cidade de Porto Alegre, o primeiro culto da Igreja Protestante Episcopal no Sul dos Estados Unidos do Brasil, que foi o primitivo nome da Igreja Anglicana em terras brasileiras. Depois esta passou a ser chamada de Igreja Episcopal Brasileira, de Igreja Episcopal do Brasil e, atualmente, de Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que se tornou a 19ª Província da Comunhão Anglicana ligada à Sé de Cantuária, Inglaterra após sua emancipação da então Igreja Episcopal dos Estados Unidos da América (em inglês, The Episcopal Church of United States of America - ECUSA).
O anglicanismo consolidou-se entre outras etnias no Brasil: conquistou teuto-brasileiros no Rio Grande do Sul, principalmente pelas atividades de Lindolfo Collor, imigrantes japoneses em São Paulo e Paraná e classe média da Zona da Mata nordestina.
A partir do final da década de 1990, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil começou a ter conflitos internos, à semelhança do ocorrido na Igreja Episcopal dos Estados Unidos da América: questões ligadas ao liberalismo versus ortodoxia e modernismo versus Tradição. Assim, surgem as Igrejas Anglicanas independentes ou continuantes também no Brasil. O fenômeno da fratura no Anglicanismo brasileiro aconteceu como nos demais sistemas eclesiais oriundos da Reforma.

No Brasil, a partir das divisões ocorridas na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e da chegada de jurisdições autônomas estrangeiras, existem diversas denominações anglicanas. Devido à diversidade das vertentes existentes no anglicanismo (quais sejam: anglo-católica, evangélica, liberal e carismática), encontram-se no País representantes de todas elas. Há, também, denominações (especialmente da vertente "anglo-católica") que, ou são oriundas de dissidências da Igreja Católica Apostólica Brasileira, ou recepcionaram clérigos desta última Igreja, assim como clérigos e religiosos dissidentes da Igreja Católica Apostólica Romana.

O número de congregações das denominações anglicanas presentes no Brasil está entre parênteses, após a identificação de cada Jurisdição. A ordem na qual estão apresentadas não significa juízo algum sobre a sua importância, relevância ou vertente anglicana a que pertencem. Elas estão apresentadas por seções para melhor identificação.

Comunhão Anglicana

  • Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. 19ª Província da Comunhão Anglicana unida à Sé de Cantuária. (207)
  • Diocese de Recife - Igreja Anglicana. Sob a autoridade do Primaz da Igreja Anglicana do Cone Sul (Comunhao Anglicana ). (44)
Igrejas independentes:
  • Igreja Anglicana da Virgem Maria. (1)
  • Igreja Anglicana Reformada do Brasil. (16)
Igrejas independentes unidas a uma Comunhão de Igrejas no Exterior
  • Igreja Anglicana do Brasil. Província da The Free Protestant Episcopal Church. (4)
  • Igreja Episcopal Anglicana Livre. Diocese-Membro da The Anglican Church of the Americas. (3)
Igrejas independentes consideradas como Convergentes
  • Igreja Cristã Episcopal. (10)
  • Igreja Episcopal Carismática. (61)
  • Igreja Episcopal do Evangelho Pleno. (1)"


Referências

  1. GOMES, Laurentino. 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. Editora Planeta do Brasil, 2009. Página 187.
  2. EVERY, Edward Francis. The Anglican Church in South America, Chapter I. 1915. Em Project Cantuária
  3. O número de congregações de cada denominação anglicana no Brasil tem sido adquirido nos sítios-web das mesmas. Informação de Janeiro 2013 
 Fonte: Wikipédia


 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um Pouco de História faz bem!!! Parte 4



Graça e paz a todos, dando continuidade à história das Igrejas evangélicas, continuaremos com as Igrejas Históricas, hoje veremos um pouco da história da Igreja Metodista! Que seja para a edificação de todos!!!



História da Igreja Metodista


"O movimento metodista surgiu na Inglaterra,no século XVIII, a partir de profunda experiência religiosa pessoal de João Wesley com Deus. Sentindo seu coração aquecido, ele teve súbita certeza do perdão e aceitação divina (salvação), e isso se tornou o centro da pregação e mensagem de João Wesley.


Contudo, a mensagem de salvação pessoal pela graça não foi bem aceita pela Igreja Anglicana. Igreja da qual João Wesley era pastor e na qual foi proibido de pregar. Começou então, a falar ao ar livre a mineiros e trabalhadores, às portas das fábricas e nas minas de carvão. Os que "iam sendo salvos" (aceitando a fé em Jesus ), João Wesley ia discipulando nas classes metodistas. Seu ministério foi tão ungido por Deus que por ocasião de sua morte já havia 70.000 metodistas na Inglaterra e outros 70.000 nos EUA!


João Wesley foi o décimo terceiro filho do pastor Samuel e de Suzana Wesley. Ele nasceu em Epworth, a 17 de junho de 1703. Aos cinco anos foi o último a ser salvo, e de forma miraculosa de um incêndio na casa em que moravam. A partir desse dia, Suzana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.

João estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos foi para a Universidade de Oxford. Aos 21, já formado, foi eleito professor, e aos 24 recebeu o grau de Mestre. Aos 25 anos foi ordenado presbítero (pastor) da Igreja Anglicana.

Nessa época, ele fundou um grupo de estudo da Bíblia e oração, que por sua maneira de viver, acabou recebendo o apelido de grupo dos "Metodistas". Em 1735, João Wesley e seu irmão Carlos foram para a Geórgia nos Estados Unidos. Pretendiam evangelizar os índios e os escravos. Mas após dois anos, nenhum fruto havia desse esforço, o que muito frustrou Wesley. No retorno à Inglaterra, João Wesley se encontra com um pastor moraviano (alemão) e após conversa com ele, se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, o Pai da Reforma Protestante sobre a carta aos Romanos, João sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.


Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou uma média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Em uma das vezes, pregou para cerca de 14.000 pessoas. Após a sua morte, o Metodismo se espalhou por todo o mundo, levando a mensagem de salvação e avivamento de que tanto precisa."


Fonte: Igreja Metodista da Barra

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