quarta-feira, 28 de março de 2018

Páscoa: Coelho ou Cordeiro?



Por Vinicius Freire

Graça e Paz à todos, próximo domingo comemoramos o chamado Domingo de Páscoa, que tendo sua origem na religião, mas com o passar do tempo acabou sendo ressignificado para algo absolutamente comercial. Nosso objetivo com esse texto, é trazermos um resgate à origem da páscoa e pensarmos o seu significado no contexto atual e claro falarmos sobre a páscoa para nós cristãos.

A Páscoa ou Pessach é uma das festas que fazem parte do calendário Judaico, ou seja, sua origem está no Judaismo, segundo o Antigo Testamento, mais especificamente no Livro de Êxodo capítulo 12, Deus ordenou a Moisés que os hebreus, que eram escravos no Egito na época, sacrificassem um cordeiro e passassem seu sangue nos umbrais das portas para que os Hebreus fossem livres da 12ª praga que seria a morte dos primogênitos. Segundo a Própria bíblia assim foi feito, e todos os primogênitos egipcios foram mortos, porém os primogênitos hebreus continuaram vivos.

Podemos entender dessa forma, que a origem da Páscoa nada tem a ver com coelho, mas sim com a saída dos Hebreus do Egito para a terra prometida, no versículo 17
do livro de Êxodo Deus ordena ao povo que celebre a Páscoa como um memorial, e durante este período os judeus até hoje celebram essa festa que é a mais importante de seu calendário, tendo duração de 7 dias.

Para os Cristãos a Páscoa remete à morte e à ressurreição de Jesus Cristo, que segundo o Novo Testamento morreu para nos salvar dos nossos pecados, tendo ressuscitado 3 dias após sua morte, Jesus também é chamado de Cordeiro, uma referência ao cordeiro sacrificado durante a pascoa Judaica, ou seja, Jesus foi sacrificado para que nós fossemos libertos dos nossos pecados. Os evangelhos relatam que no momento em que Jesus morreu o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, este véu separava o lugar santo, do santo dos santos no santuário, o local que era considerado pelos judeus como o local onde Deus estava presente e que só era frequentado pelo sumo sacerdote, podemos entender que este acontecimento, significa que aquilo que nos separava da presença de Deus, não podia nos separar mais, e isso, se dava a partir da morte de Jesus, do sacrifício do cordeiro Pascal.

E o ovo e o coelho? Segundo artigo do site Mundo Estranho, o ovo já era utilizado por Judeus como simbolo de Israel e o coelho representa a vida pela sua capacidade procriadora e foi também uma forma de popularizar a festa, mas no nosso contexto atual, entendemos também que a Páscoa tem se tornado cada vez mais um feriado secular e comercial.

Cabe à Igreja não permitir que a Páscoa perca seu significado, tanto histórico, no que se refere aos judeus, quanto “Espiritual” e salvífico, no que se refere a nós cristãos, em nossas Igrejas e em nossa família devemos ensinar nossos filhos que a morte e ressurreição de Jesus,  permite nos aproximar de Deus e faz com que sejamos salvos e livres do pecado, que Deus nos amou tanto que deu seu filho em sacrifício por nós como um cordeiro, o cordeiro Pascal.

Desejamos uma boa Páscoa a todos e que nos lembremos do Cordeiro!




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