A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou na segunda-feira (17) a
descoberta de um templo cananeu e muitos artefatos em Laquis. Datados
do século XII a.C, o local pode indicar a cidade que foi destruída pelos
israelitas, liderados por Josué, após os 40 anos de deserto.
A
equipe foi coordenada pelo professor Yosef Garfinkel, do Instituto de
Arqueologia da universidade, e pelo professor Michael Hasel, da
Universidade Adventista do Sul, no Tennessee e a descoberta foi
apresentada ao The Journal of Council for British Research in the
Levant, segundo o The Jerusalem Post.
Em Josué 10:31 e 32, onde lemos: “Então
Josué, e todo o Israel com ele, passou de Libna a Laquis; e a sitiou, e
pelejou contra ela; E o Senhor deu a Laquis nas mãos de Israel, e
tomou-a no dia seguinte e a feriu a fio de espada, a ela e a todos os
que nela estavam, conforme a tudo o que fizera a Libna”.
Entre
as descobertas cruciais, havia um fragmento de cerâmica com a letra
hebraica samekh, que representa a gravura mais antiga conhecida da
carta, artefatos de ouro e estatuetas de culto, incluindo estatuetas
representando o deus guerreiro Ba’al, mencionado dezenas de vezes na
Bíblia – incluindo vários casos em que os israelitas se voltam para o
seu culto, apesar dos mandamentos de Deus.
O local onde era a
cidade de Laquis foi identificado pela primeira vez em 1929 por William
Foxwell Albright, considerado o pai fundador da arqueologia bíblica,
como explicou o professor Garfinkel.
“A
cidade era um grande centro cananeu, como sabemos de fontes
históricas”, disse ele. “Não há outro sítio nesta região tão
proeminente. É o local certo, o lugar certo, e o nome ‘Laquis’ foi
encontrado em algumas inscrições lá”, completou ele que escava a região
desde 2013.
“Descobrimos o templo e dedicamos três ou quatro anos a
ele, porque é muito raro encontrar locais cananeus em Israel”, disse
Garfinkel. “Esse tipo de estrutura só foi descoberto em Megiddo, Nablus e
Hazor. Mas é a primeira vez que revelamos um templo simétrico tão
grande e monumental”, afirmou.
O layout em forma de quadrado do
edifício apresentava um composto na frente, marcado por duas colunas e
duas torres que levavam a uma grande sala, bem como um santuário interno
com quatro colunas de apoio e várias “pedras em pé” que poderiam
representar os diferentes deuses adorados. Além disso, apresentava
numerosas salas laterais.
Fonte: Gospel Prime
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