Se
eu fosse o Príncipe das Trevas, tentaria envolver o mundo inteiro nas
trevas. Eu gostaria de ter um terço do mercado imobiliário e quatro
quintos da população mundial, mas não ficaria feliz até dominar a maçã mais
madura da árvore. Com isso quero dizer que seria necessário tomar conta
dos Estados Unidos.
Em
primeiro lugar, subverteria as igrejas. Começaria uma campanha de sussurros. Com a
sabedoria de uma serpente, sussurraria para você, como sussurrei para Eva: “Faça tudo que você quiser”.
Para
os jovens, gostaria de sussurrar que “a
Bíblia é um mito”. Eu iria convencê-los de que o homem criou Deus e não o contrário. Eu
diria a eles, em segredo, que o que é ruim é bom, e o que é bom está “fora de
moda”. Aos idosos, eu iria ensiná-los a orar: “Pai nosso, que estás em Washington…”
Depois,
eu me organizaria. Ensinaria os escritores a fazer literatura sensacionalista
emocionante, de maneira que qualquer outra coisa parecesse chata e
desinteressante. Eu encheria a TV de filmes cheios de sexo. Forneceria drogas
para todos. Eu venderia álcool para senhores e senhoras da sociedade. Tranqüilizaria
o restante com comprimidos.
Se
eu fosse o Diabo, colocaria as famílias em guerra com elas mesmas; as igrejas
em guerra com elas mesmas, e as nações em guerra, até que cada uma delas fosse
consumida.
Prometeria
à imprensa
o maior índice de audiência, forçando-as a se destruírem mutuamente. Se eu
fosse o Diabo, iria encorajar às escolas a refinar o intelecto dos jovens, mas
negligenciar a disciplina: “Deixem
correrem soltos”.
Antes que pudessem se dar conta, seria preciso cães farejadores de drogas e
detectores de metal em cada entrada de escola. Dentro de uma década, teria
presídios superlotados.
Com
promessas
de reconhecimento e poder, faria os juízes defenderem a pornografia e ficarem
contra Deus. Em pouco tempo, colocaria ateus para me representar diante da
suprema corte e os pregadores iriam concordar. Assim, conseguiria expulsar Deus
do tribunal, depois da escola, e, por fim, do Congresso e do Senado.
Se
eu fosse o Diabo, entraria nas igrejas e substituiria a religião por psicologia. Eu
endeusaria a ciência. Incentivaria padres e pastores a abusarem de meninos e
meninas e ficarem ricos com o dinheiro das igrejas.
Se
eu fosse o Diabo, faria que o símbolo da Páscoa fosse apenas um ovo e o símbolo
do Natal, uma garrafa de bebida.
Se
eu fosse o Diabo, tiraria daqueles que têm e daria àqueles que desejam ter até conseguir
matar o incentivo de suas ambições. Quer apostar que eu faria com que todos
promovessem o jogo como uma forma de ficar rico? Alertaria a todos contra os
extremos no trabalho duro, no patriotismo e na conduta moral.
Convenceria
os jovens que o casamento é uma coisa defasada, que só ficar é bem mais
divertido e o que a TV mostra é a maneira certa de viver. Assim, eu poderia
despir as pessoas em público, e incentivá-los a transar com pessoas que tenham
doenças incuráveis.
Em
outras palavras, se eu fosse o Diabo, continuaria fazendo o que ele já está fazendo.
Esse
texto foi escrito em 1964 pelo jornalista Paul Harvey (falecido em 2009) logo após
o assassinato do presidente John Kennedy, quando se iniciava a Guerra do Vietnã
e as drogas se tornavam populares entre os hippies. Em votação no site da emissora Fox News, as pessoas disseram que essas
palavras eram praticamente uma profecia, pois tudo que foi dito quase 50 anos
atrás está se cumprindo a cada dia.
Mesmo
que você entenda que tudo isto que vemos hoje é apenas coincidência; que é
apenas a “evolução dos costumes e da sociedade”; e que é exagero pensar que o
mundo vai acabar, então pense apenas nos fatos a seguir.
Em 1973 David Wilkerson recebeu uma
visão de que no futuro seriam ordenados pastores ou sacerdotes cristãos
gays como um dos sinais do fim. Naqueles
dias, a homossexualidade era considerada uma doença mental pela Associação
Médica Americana, e os homossexuais estavam sujeitos a processos criminais em 48 estados.
Entretanto, na mesma época, Bill Johnson se
tornou o primeiro homem abertamente gay
da história moderna em ser ordenado ministro para a Igreja Unida de Cristo. Mesmo
assim a visão de Wilkerson não parecia se cumprir, até que
em 25 de Julho de 2010 a Igreja Luterana Americana (ELCA) ordenou os primeiros pastores gays em São Francisco. Em
8 de outubro de 2011, Scott Anderson, do Conselho de Igrejas Wisconsin,
foi o primeiro homem abertamente homossexual a ser ordenado pastor na
Igreja Presbiteriana (PCUSA) dos Estados Unidos. Em 31 de
maio de 2013, foi eleito o primeiro bispo
abertamente gay na
Igreja Luterana Americana (ELCA), o Reverendo
R. Guy Erwin, essa figurinha aqui ao lado.
Hoje, se alguém
questionar a ordenação de ministros gays,
pode ser processado e preso.
Ai de quem
achar que a TV está inundada de baixaria.
Pobre
daquele que ousar censurar os jovens pelo que fazem nas baladas.
Está frito
quem ousar dizer que os mandamentos bíblicos de não matar, não roubar e não
cobiçar os bens alheios deveriam ser a base da legislação.
E depois
dizem que o Diabo não existe.
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